Resumo da carta da UniMútua aos dirigentes partidários
No Estado Democrático de Direito governo, as empresas, os cidadãos e cidadãs só podem fazer o que a Lei autorize. As leis do país resultam de decisões do Poder Legislativo pelo voto da maioria parlamentar. Isto lhe confere o poder decisivo, no Estado Democrático de Direito.
Em nossas eleições nos esquecemos do poder das maiorias nos Legislativos, e nos ocupamos somente da escolha dos chefes dos Executivos. Mas estes não podem fazer nada sem autorização legal, votada pelas maiorias dos Legislativos (como a Lei Orçamentária, que disciplina os gastos do governo).
Se realmente quisermos governos que realizem programas a favor do povo, precisamos combinar as campanhas eleitorais para o Executivo com campanhas por maiorias parlamentares que sustentem, pela Lei, esses programas.
Se continuarmos deixando ao léu as campanhas eleitorais de candidatos ao Legislativo, sem comprometimento com planos do Executivo e preocupados somente com suas eleições e reeleições, continuaremos vendo no Legislativo maiorias de parlamentares eleitos porque compraram votos de eleitores ou fizeram promessas mentirosas, ou por pessoas que se tornaram conhecidas pelos meios de comunicação, ou que vendem seu voto no parlamento a quem financie suas campanhas, ou que chantageiam os chefes do Executivo em troca de vantagens ou do controle dos orçamentos dos órgãos do governo.